terça-feira, 22 de junho de 2010

Lura

Lura, nascida Maria de Lurdes Pina Assunção no ano de 1975 em Lisboa, é uma cantora portuguesa de ascendência cabo-verdiana.

Seu envolvimento com o meio artístico começou cedo, com participações em projetos teatrais e corais, mas sua carreira como cantora despontou em 1996, aos vinte e um anos, quando gravou seu primeiro álbum, cuja canção título, Nha Vida, foi um sucesso imediato que lhe rendeu um convite para participar do importante projeto discográfico Red Hot + Lisbon, o qual reuniu grandes nomes da música lusófona. Em 1998, acompanhou Cesária Évora, o maior nome da música caboverdeana, em dois importantes projetos: abriu os espetáculos daquela cantora na Expo'98 e participou, em Paris, da série de concertos do projeto 'Cesária & friends'.

Tendo aprendido o crioulo caboverdeano de seus colegas de escola e de seus familiares, em pouco tempo Lura já era capaz de falar fluentemente e também compor nessa língua-símbolo de Cabo Verde, que hoje a cantora considera como sendo sua língua materna.

Em 2002, lançou seu segundo álbum, In Love, e em novembro de 2003, Lura foi uma das três cantoras escolhidas para o projeto Women of Cape Verde, uma série de concertos realizada no Reino Unido, o que lhe rendeu convites e o lançamento de seus álbuns em diversos países europeus.

Em 2006 lança o álbum M´bem di fora, bastante aclamado na sua apresentação a 7 de novembro do mesmo ano no clássico Tivoli, uma sala de espetáculos referência de Portugal, em Lisboa. Uma obra mais sóbria onde a artista revela uma maior maturidade musical, conseguindo imprimir o seu cunho pessoal a temas de diversos compositores, onde se destaca o nome de Toy Vieira, director artísco do projecto e compositor de alguns de algumas das suas músicas. Segundo a cantora, é uma homenagem aos migrantes que vem do interior em busca de oportunidades nos grandes centros urbanos. A turnê do álbum incluiu concertos na Turquia, Alemanha, França, Brasil, Espanha, Austrália e Itália.
Em 2009 lança novo álbum, Eclipse.

Cesária Évora

Cesária Évora nasceu no ano de 1941 na cidade de Mindelo, em Cabo Verde. Tinha mais quatro irmãos. Seu pai Justino da Cruz tocava cavaquinho, violão e violino e sua mãe, Dona Joana, trabalhava em cozinhas de brancos ricos que adoravam particularmente sua comida.

Sua mãe, de personalidade pensativa, foi sua confidente por toda a vida.
Quando criança Évora sempre estava fazendo amigos mais velhos do que ela, os quais sempre a mantiveram "direita". Quando jovem foi viver com sua avó que havia sido educada por freiras, e assim acabou passando por uma experiência que a ensinou a desprezar todas as mais severas morais.
Cesária (Cise para os amigos) sempre cantava uma infinidade de canções e fazia apresentações aos domingos na praça principal da sua cidade acompanhada por seu irmão Lela no saxofone. Mas sua vida estava intrinsecamente ligada ao bairro Lombo, nas imediações de aquartelamentos do exército portuguê
Lá ela aprendeu sobre a vida e cantou com compositores como Gregório Gonçalves (um homem carismático e que adorava teatro de rua).
Aos 16 anos conheceu um marinheiro chamado Eduardo que a ensinou os tradicionais estilos de música cabo-verdiana como a morna e a coladera.

As mornas (que possivelmente provém de mourn e que significa lamento) são canções ligadas à tristeza, mágoa e desejos impossíveis de serem realizados. Évora começa a cantar em bares e hotéis, e com a ajuda de alguns músicos locais, ganha estímulo a desenvolver suas habilidades e logo já é proclamada a "Rainha da Morna" por seus fãs. Ela se torna bastante famosa em Cabo Verde, mas internacionalmente seu reconhecimento ainda era pequeno.

Aos vinte anos foi convidada a trabalhar como cantora para o Congelo - companhia de pesca criada por capital local e português - e ficou emocionada ao poder fazer parte, do que ela considerava, uma notável empresa. Seu salário vinha de suas apresentações que eram basicamente em jantares. Fora esse tempo Cesária era de volta uma mulher comum.

Entre os amigos de Évora estava o compositor favorito dos cabo-verdianos: B.Léza, o qual faleceu quando ela tinha apenas sete anos de idade. Ela ainda tem poucas lembranças de sua infância e sempre está falando de Eulinda, seu antigo vizinho e amigo que vivia perto de Lombo (o "red-light district" de Mindelo), porto que era vangloriado por bordéis que competiam com os de Amesterdão.

Em 1975, Cabo Verde adquiriu sua independência, mas seu líder histórico, Amílcar Cabral, não pôde testemunhar esse momento, porque foi assassinado dois anos antes. Évora ainda era popular na época, mas sua fama não estava a levando em direção ao sucesso financeiro.

Frustrada por questões pessoais e financeiras, aliados à dificuldade econômica e política de Cabo Verde, ela desistiu de cantar para sustentar sua família. Évora ficou sem cantar por dez anos, os quais ela descreve como seus "dark years". Durante esse tempo ela lutou contra o alcoolismo.

Cesária Évora retomou suas apresentações após ter sido encorajada por Bana (líder de banda e empresário cabo-verdiano exilado em Portugal). Ele fez-lhe convites para realizar shows em Portugal, os quais ela aceitou e o fez com patrocínio de uma organização local de mulheres.

Em Cabo Verde um francês chamado José da Silva persuadiu-a para ir a Paris e lá Évora acabou gravando um novo álbum em 1988 "La diva aux pied nus" (a diva dos pés descalços) - que é como se apresenta nos palcos. Ao contrário do que é divulgado, ela canta descalça simplesmente por gostar, por se sentir segura descalça, e não em solidariedade aos «sem-tecto» e às mulheres e crianças pobres de seu país. Esse álbum foi aclamado pela crítica e Évora se encontrou numa dramática volta à música e que teve como ápice a gravação do álbum "Miss Perfumado" em 1992. Ela se tornou uma estrela internacional aos 47 anos de idade.

Em 2004 conquistou um prêmio Grammy de melhor álbum de world music contemporânea. Em 2009, o presidente francês Jacques Chirac distinguiu-a com a medalha da Legião de Honra de França.

sábado, 19 de junho de 2010

Abertura da copa 2010

A Cerimónia oficial de abertura da Copa do Mundo de 2010 ocorreu duas horas do jogo inaugural - África do Sul x México. A cerimónia durou cerca de 40 minutos e contou com a presença de 1.500 pessoas, entre elas algumas personalidades artísticas sul-africanas e mundiais como:

Thandiswa Mazwai, Timothy Moloi, Hugh Masekela, Khaled, Femi Kuti, Osibisa, R Kelly, Hip Hop Pantsula e o Coral Gospel de Soweto.Muita emoção marcou a abertura da Copa de 2010 na África do Sul, estrelas da música internacional como Black Eyed Peas e Shakira fizeram a festa. Na grande cerimónia, artistas africanos também participaram.


Uma das atracões da Cerimónia de abertura foi quando apareceram menções ao país anfitrião, os grandes cartazes com os 32 países participantes e o show de fogos de artifício.Discurso inaugural:


Joseph Blatter (presidente da FIFA) e Jacob Zuma (presidente da África Chefes de Estado e personalidades presentes: Jacob Zuma (Presidente da África do Sul), Frederik Willem de Klerk (ex-presidente da África do Sul e Nobel da Paz), Desmond Tutu (bispo da Igreja Anglicana e Prêmio Nobel da Paz), Ban Ki-moon (Secretário-geral da ONU), Felipe Calderón (Presidente do México), Alberto II de Mônaco, Joe Biden (vice-presidente dos Estados Unidos) e Sepp Blatter (Presidente da FIFA). Nelson Mandela foi a ausência mais sentida.


Apesar de seu estado frágil de saúde era esperado que o ex-presidente e líder da resistência anti-apartheid fosse ao estádio, mas sua neta foi vítima fatal de um acidente automobilístico um dia antes, ao sair do show de inauguração da Copa do Mundo.

Prémio Nobel de Literatura José Saramago morreu nesta sexta-feira

O escritor português e Prémio Nobel de Literatura José Saramago morreu nesta sexta-feira em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, aos 87 anos. Segundo a família, a morte ocorreu por volta das 13h no horário local (8h de Brasília), quando o escritor estava em casa, acompanhado da mulher, Pilar del Río.

José Saramago havia passado uma noite tranquila. Após o café da manhã, começou a passar mal e pouco depois morreu, de acordo com informações da família.


Prémio Nobel de Literatura em 1998, primeiro escritor de língua portuguesa a obter a honraria, Saramago mostrou ao longo de sua vida uma paixão duradoura pela literatura.


Seus livros são marcados pelos períodos longos e pela pontuação em muitos momentos quase inexistente. Os artifícios formais são vistos como verdadeira barreira para vários leitores, mas outros se encantam com a fluidez de seus textos, sempre entremeados por reflexões fortemente humanistas.


Nascido em 16 de Novembro de 1922, em aldeia do Ribatejo chamada Azinhaga, de família humilde, Saramago só veio a produzir sua primeira obra de sua fase mais madura em 1980, "Levantado do Chão".


Dois anos depois, "Memorial do Convento" o colocou como um dos maiores autores de Portugal, posição confirmada com o lançamento do inventivo "O ano da morte de Ricardo Reis", em que narra os dias finais do heterónimo de um dos pilares da literatura de seu país: Fernando Pessoa, em uma criativa mescla de fatos reais e imaginados.


Saramago era um autor prolífico. Além de romances, publicou diários, contos, peças, crónicas e poemas. Ainda em 2009, lançou mais um livro, "Caim".


Esta obra retoma um personagem bíblico, subvertendo a versão oficial da Igreja Católica. Em 1991, seu "Evangelho segundo Jesus Cristo" dispôs de artifício semelhante. A "reescrita" do ateu convicto de esquerda não agradou aos religiosos, provocando grande polémica em uma nação fortemente católica.


No ano seguinte, o livro foi indicado a um prémio, mas o governo português vetou a candidatura. Insatisfeito, Saramago partiu para um "exílio voluntário" na espanhola Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde vivia desde 1993.


Outro de seus romances, "Ensaio sobre a Cegueira", narra uma epidemia em que os personagens perdem a visão, enquanto uma mulher a mantém. A obra, uma das mais conhecidas do português, foi adaptada para o cinema pelas mãos do director brasileiro Fernando Meireles. O filme foi exibido no Festival de Cannes.


Actualmente Saramago estava preparando um livro sobre a indústria do armamento. "Todo mundo tem armas, vivemos numa sociedade de violência, que é aceita e a televisão está nos dizendo todos os dias que a vida humana não tem nenhuma importância", afirmou, em entrevista em Novembro.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Maira Andrade

Mayra Andrade (Havana, Cuba; 1985) é uma cantora cabo-verdiana, reconhecida como uma das mais promissoras da música daquele país.


Em 2008 repete o feito de Mariza, ao vencer o prémio BBC Radio 3 World Music na categoria Revelação. Já colobarou, entre outros, com Cesária Évora, Chico Buarque, Caetano Veloso, Charles Aznavour, Mariza e João Pedro Ruela.


Nascida em Cuba, cresceu entre o Senegal, Angola, Alemanha e ainda Cabo Verde, mas vive em Paris desde 2003, onde em Janeiro de 2004 se apresentou num dos mais consagrados bares de lançamento de artistas da world music, o Satellit Café.


As primeiras canções que ouve são brasileiras, mas é com uma canção em crioulo que ganha a medalha de ouro nos Jogos da Francofonia, no Canadá, com apenas dezesseis anos. A partir de 2002 inicia apresentações na Praia (Cabo Verde) e no Mindelo, e logo depois em Lisboa, e finalmente em França, onde passa a habitar. Após participar nos festivais de Verão portugueses, faz a primeira parte de um espectáculo de Cesária Évora e, no Brasil, colabora em duetos com Lenine e Chico Buarque. Em 2005, Charles Aznavour convida-a para o seu novo álbum, num dueto em francês.

Daniela Mercury em Cabo Verde


A cantora brasileira Daniela Mercury actuou em Cabo Verde na praia da Gamboa, cidade da Praia no dia dois de Junho.
A artista brasileira cantou e encantou os que estavam presente no espectaculo.
O espectaculo deu-se no âmbito das comemorações dos quinhentos e cinquenta anos da descoberta de Cabo Verde e do 35º aniversario da independência.
O espectaculo contou com a participação do cantor de foró Targino Godim e do artista Caboverdiano Tito Paris.
"Gostei muito do festival mais deveria ser num fim de semana e com mais duração mais quanto ao sistema de segurança estava impecavel. a iniciativa é boa." essas foram as declarações de Nanda sobre o espectaculo na praia da Gamboa.